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06/03/2015 11h54

Poupança registra saque histórico

A temporada de aperto no orçamento doméstico parece mesmo não ter fim. Se, em janeiro, o volume de saques na caderneta de poupança já sinalizava que um número maior de famílias teve de raspar a conta bancária para conseguir arcar com as despesas de início de ano, em fevereiro a situação se agravou. Até a sexta-feira passada, as retiradas na caderneta superaram os depósitos em R$ 6,263 bilhões. Nunca antes o rombo na poupança havia sido tão grande para um único mês, indicou ontem o Banco Central (BC), que desde 1995 informa diariamente o saldo da aplicação financeira mais popular do país.

Para se ter uma ideia da intensidade com que os saques têm sido feitos, mesmo que comparado ao buraco já recorde registrado em janeiro, quando a captação líquida na caderneta fechou no vermelho em R$ 5,528 bilhões, o desempenho de fevereiro ainda é 13,3% maior. Na avaliação do economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito (Acrefi), Nicola Tingas, os números deixam claro a maior dificuldade financeira das famílias, diante do quadro de queda do Produto Interno Bruto (PIB) e maior aperto no crédito, por causa da alta de juros posta em prática há seis meses pelo BC. “Está havendo um estrangulamento financeiro tanto de governo, quanto de famílias”, disse.

Um cálculo dá a dimensão dessa dificuldade em poupar recursos: no acumulado em 12 meses, até fevereiro, a captação de líquida da caderneta (saques menos depósitos) ficou no azul em R$ 8,6 bilhões. Parece bastante, mas, quando comparado com o mesmo período até fevereiro de 2014, o resultado é desastroso: naquela época, o saldo da poupança estava positivo em R$ 70 bilhões –uma diferença de 60% para o patamar atual.

Tingas não tem dúvidas de que a situação é agravada pela maior dificuldade das famílias em honrarem com compromissos assumidos, principalmente por causa do aperto no crédito. “Está todo mundo tentando sair do cheque especial e do cartão de crédito, mas, a cada mês, os números do BC mostram que muita gente ainda está nessa situação de aperto”, assinalou.

O especialista acredita, no entanto, que o quadro tende a se agravar porque, dada a ameaça de o país entrar numa recessão, as chances de se conseguir aumentar o salário são menores do que em tempos de bonança econômica. Assim, mais gente poderá entrar para as filas de cadastro de inadimplentes. Ele menciona, por exemplo, que a inadimplência do rotativo do cartão chegou a 39,1% das operações, em janeiro deste ano. “A economia está muito ruim. A gente está numa fase de forte ajuste de conjuntura para baixo, então é melhor preparar o bolso. A temporada de vacas magras ainda deve durar mais tempo”, finalizou.

Fonte: Estado de Minas

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